A criatividade sempre foi poderosa. E, cada vez mais, ela vem construindo negócios sólidos e expandindo impérios digitais. Ser creator/criador de conteúdo vai muito além de fazer posts nas redes sociais. Exige estratégia, planejamento, olhar antenado e, sobretudo, autenticidade.
Mas junto com o crescimento da Creator Economy, veio também uma grande verdade: nem todo mundo se prepara para lidar com os bastidores financeiros dessa vida. Afinal, a carreira de criador de conteúdo é uma montanha-russa, em muitos casos: tem mês de contrato milionário e mês de nada. O fluxo é variável, os algoritmos mudam, o mercado muda. E a renda acompanha essa dança.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Wake Creators, 44% dos criadores de conteúdo apontam a incerteza financeira como um dos seus principais desafios. Esse dado mostra que muitos criadores se dedicam intensamente à produção e à gestão de suas marcas, mas nem sempre têm o suporte necessário para estruturar e proteger seu futuro financeiro.
A verdade é que o crescimento da creator economy não veio acompanhado, para muitos, de uma educação financeira robusta ou de uma estratégia clara para transformar ganhos variáveis em uma base sólida de patrimônio. A maioria dos criadores de conteúdo vive o presente, mas poucos conseguem planejar de forma consistente os próximos anos ao pensar no longo prazo. Além disso, a dependência de variáveis externas, como mudanças de plataforma ou sazonalidade de contratos, deixa tudo ainda mais exposto ao risco.
E aqui entra o nosso papo de verdade: talento ajuda na construção de audiência. Mas patrimônio só se constrói com estratégia. Não é sobre limitar a liberdade. É sobre garantir que, independentemente dos algoritmos ou tendências, o patrimônio siga crescendo, protegido e respeitando o que é mais importante para cada pessoa.
Já vi muitos criadores de conteúdo que não tem qualquer noção de como investir, de como organizar finanças, proteger ganhos, criar estruturas inteligentes para gestão (como holdings, planejamento sucessório e gestão de ativos) e acabam sendo, em muitos casos, vítimas da falta de informação.
No fim das contas, construir um legado é tão criativo quanto construir uma audiência. É saber equilibrar a energia do agora com a visão de longo prazo.